Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil



Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil



Por: Angela Adriana de Almeida Lima


Sendo a Educação Infantil a fase inicial da vida escolar da criança, necessário se torna que os profissionais envolvidos neste processo - especialmente educadores - apresentem aspectos condizentes à realidade em questão. Certas características devem ser observadas ao se contratar este profissional e eticamente falando - ao assumir a responsabilidade de se trabalhar com crianças. Foram elencadas abaixo vinte dicas e características que um profissional deve ter para realizar um trabalho prazeroso e significativo com crianças pequenas,


1- GOSTAR DE CRIANÇAS, é imprescindível que o profissional goste de crianças , afinal nesta fase elas exigem paciência e amor a todo momento. Pressupõe-se que quem gosta de crianças, goste também de trabalhar com elas. O trabalho com pequenos requer disposição, carinho, responsabilidade e uma energia imensa proviniente somente de quem gosta do que faz.


2- AGILIDADE é uma característica de peso considerável, pois a criança corre, pula, caí, levanta, descarrega energia e se envolve em situações repentinas de risco, onde a agilidade do profissional pode evitar acidentes graves com os pequenos.


3- BOM PREPARO FÍSICO, nesta fase a maioria das brincadeiras são realizadas no chão, em rodas de conversa ou em círculos programados para as atividades, para tanto o profissional necessita de boa disposição física para sentar, levantar, pular, engatinhar, enfim participar de todas as atividades que propõe à criança. Além do que, os pequenos adoram presenciar adultos executando as mesmas atividades que eles.


4- SER ÉTICO, assuntos relacionados à instituição e suas famílias devem ser preservados. Nesta fase é comum crianças comentarem intimidades das famílias - estes casos ajudam os profissionais a conhecerem a realidade de vida da criança - e também alguém da família procurar apoio , confiando seus problemas a pessoas que trabalham na Instituição. Todavia, estes fatos somente poderão ser comentados em casos extremos- a pessoas especializadas ( Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais) e com a aprovação da Equipe dirigente da Instituição. Tratar aos colegas com respeito e cordialidade, evitando brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança observa o professor e o imita a todo momento.


5- SABER OUVIR OS RELATOS INFANTIS, nestes momentos o profissional poderá detectar possíveis problemas de várias naturezas, pelos quais a criança poderá estar passando - ou até mesmo sobre sua personalidade.


6- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO, a criança testa o adulto a todo instante e quando percebe que está vencendo, se torna indiscilplinada e resistente às regras de convivência. Porém, a amabilidade deve ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está em um ambiente onde todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar ambos aspectos, ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus deveres, sempre que necessário.


7- RECEBER BEM OS PEQUENOS E SEUS FAMILIARES, os pais precisam se sentir seguros em relação ao local e às pessoas em que estão confiando seus filhos. Portanto, o profissional deve recebê-los sempre com cordialidade, esclarecendo suas dúvidas, tranquilizando-os em seus anseios, se disponibilzando a atendê-los quando necessitarem e utilizando estratégias que motivem a criança a gostar de ir para a instituição.


8- SER CRIATIVO, o planejamento pedagógico deverá nortear o trabalho do educador, todavia, poderá ser alterado sempre que a atividade proposta não estiver despertando o interesse da turma, para isso o profissional deverá ser criativo e tornar a atividade em questão mais prazerosa ou até mesmo lançar mão de outra atividade. Elaborar um plano de aula focado em situações cotidianas das crianças ou da Instituição, encontrando ou criando músicas, histórias, jogos, atividades e brincadeiras que enfatizem o tema do planejamento é uma ótima estratégia para um trabalho diversificado.


9- QUERER APRENDER, a todo momento surgem fatos inesperados quando o assunto é criança, e nem sempre o profissinal está preparado para resolver tudo o que acontecer, portanto, deverá ter humildade para pedir ajuda e querer aprender com os mais experientes.


10- UTILIZAR ROUPAS ADEQUADAS, caso a instituição não adote uniforme, o ideal é camiseta e calça de malha ou jeans - mais largo - para não prejudicar o desempenho das atividades, e tênis ou sandálias rasteirinhas. Roupas decotadas, saias, sandálias de salto, roupas apertadas, transparentes, miniblusas ou tomara que caia devem ser evitados, pois além de inibir o trabalho do profissional, desperta a tenção de pais, colabores, profissionais e demais pessoas envolvidas no processo.


11- NÃO DEIXAR AS CRIANÇAS SOZINHAS, ter consciência de que as crianças não podem ficar sozinhas em nenhum momento, caso tenha necessidade de se ausentar do espaço onde se encontra com a turma, peça a uma criança que chame outro profissional para assumir seu lugar temporariamente. Um segundo sozinhas, os pequenos cometem atitudes inesperadas.


12- JAMAIS DÊ AS COSTAS ÀS CRIANÇAS, ao falar com alguém na porta da sala - ou em qualquer outro espaço - jamais dê as costas às crianças, em fração de segundos acontecem muitos problemas sem que o educador esteja vendo.


13- TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, não falar em tom áspero, irônico e volume alto - assim a criança só compreenderá suas solicitações quando as mesmas forem feitas com gritos. O ideal é manter um tom baixo e calmo, todavia caso haja necessidade de uma alteração, que não haja grito e sua mudança na tonalidade da voz..


14- GOSTAR DE MÚSICA, nesta fase a musicalização é muito utilizada. O profissional deverá gostar, conhecer e querer aprender mais e mais músicas, de preferência acompanhadas de gestos que ajudam muito no desenvolvimento infantil.


15- SABER CONTAR HISTÓRIAS, sim pois contar histórias não é ler o livro - é contar com emoção, despertando a curisidade e a imaginação da criança.


16- CONHECER AS ÁREAS DO CONHECIMENTO A SEREM TRABALHADAS: Racíocinio lógico matemático, Linguagem oral e escrita, Psicomotricidade, Áreas Perceptivas, Conhecimento Social, Áreas de expressão artística e cultural, Valores Humanos,Religiosidade, Consciência Ecológica e Conhecimento físico - elaborando seu plano de aula enfatizando todas as áreas.


17- LER E EXECUTAR A PROPOSTA PEDAGÓGICA E O REGIMENTO DA INSTITUÇÃO, assim o trabalho do profissional terá embasamento teórico e sustentabilidade pedagógica.


18- SABER ELABORAR PROJETOS DE AÇÃO PEDAGÓGICA envolvendo temas atuais, o trabalho com projetos facilita o trabalho do educador, porém, estes projetos devem ser executados com criatividade envolvendo temas de interesse das crianças e ao mesmo tempo objetivando uma conscientização sobre o tema proposto. Os projetos devem ser constantemente avaliados, caso contrário, não terão significado ao processo educacional.


19- DECORAR E REDECORAR O AMBIENTE SEMPRE QUE NECESSÁRIO, os olhos da criança se cansam com facilidade de determinadas decorações, para evitar esta situação, o ideal é utilizar cores claras, tons pastéis e desenhos acompanhados de paisagens, passarinhos, vales, árvores e flores, pois acalmam os pequenos.


20- RESERVAR UM ESPAÇO NA SALA PARA EXPOSIÇÃO DAS PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS e convidar os demais profissionais da Instituição, bem como os familiares dos pequenos, para visitarem a exposição de trabalhos delas. Pode-se colocar um nome na exposição e um pseudônimo para o autor da obra. Expor trabalhos nos corredores de entrada da Instituição - de forma criativa, sempre identificados e relatando os objetivos- também apresenta bons resultados.


É importante ressaltar que não há receita pronta para se trabalhar em nenhum nível educacional, mas a troca de experiências tem garantido excelentes resultados aos profissionais. Entretanto, a chave do sucesso de qualquer trabalho consiste em gostar do que faz. Quando se faz o que se gosta, as barreiras se tornam transponíveis e as amarras mais frouxas.






Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia com Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. www.angelaadriana.com.br





Projeto: Respeitando E Convivendo Com As Diferenças



Projeto: Respeitando E Convivendo Com As Diferenças



Por: Angela Adriana de Almeida Lima


O projeto visa proporcionar a todos envolvidos com Educação Infantil, subsídios para um trabalho lúdico-conscientizador a respeito das diferenças. Piaget acredita que a criança de 2 a 4 anos, se encontra na fase simbólica e neste período os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida delas. Partindo deste pressuposto, neste projeto através do jogo simbólico, as crianças serão incentivadas a respeitar e conviver com vários tipos de diferenças e deficiências, a reconhecer por meio de atividades lúdicas, as dificuldades enfrentadas por deficientes físicos e visuais; a desenvolver a solidariedade, a afetividade e a compreender a importância do saber auxiliar o outro.


Wallon afirma que através da afetividade a criança demonstra seus sentimentos, desejos e necessidades. O Projeto se destina a crianças entre 3 a 6 anos, divididas em turmas, de acordo com a faixa etária e conta com o envolvimento de todos da Instituição. Seis ursinhos de pelúcia são levados à Instituição por uma senhora que necessita viajar para cuidar de um filho doente. Ela pede que as crianças cuidem deles até que possa retornar. Os ursos contam com as seguintes diferenças: deficiência física, deficiência visual, obesidade, desnutrição, raça negra e surdez - mudez. Estes bichinhos serão divididos entre as turmas e cada turminha ficará responsável por cuidar de um ou mais bichinhos- de acordo com o número de turmas da Instituição. A senhora pedirá que providencie nomes, objetos pessoais e roupas para os ursinhos, pois saiu com pressa de casa e acabou esquecendo tudo. É feita, então uma campanha para arrecadação de roupas, mochilinhas e objetos pessoais para os bichinhos. Depois, um processo eleitoral decidirá os nomes dos ursinhos. Passada esta etapa, cada criança da turma, ficará responsável por cuidar do bichinho por um dia, dentro da Instituição e levando- o para casa, juntamente com a mochilinha. Nos fins de semana os profissionais da Instituição ficam responsáveis por cuidar dos bichinhos, este fat garante que nenhuma criança maior possa desmistificar o projeto, causando transtornos à criança.


Os ursinhos são integrados em todas as atividades diárias e festividades realizadas. A cada final de semestre a senhora que levou os ursinhos reaparece e os leva para passarem as férias com ela. É importante que nestas ocasiões, também se faça uma roda da conversa, afim de diagnosticar as vivências das crianças. Ao reiniciarem as aulas, os bichinhos retornam à Instituição. O Projeto motiva também o pensar em torno do convívio com as diferenças dos profissonais em questão. Num contexto geral, temos relações interpessoais mais satisatórias dentro do contexto educativo. As diferenças não podem ser tratadas como se não existissem, nem tão pouco trabalhadas apenas quando surge algum caso na Instituição. Portanto, necessário se faz, um traballho educativo abordando este assunto que é tão importante um verdadeiro processo inclusivo pautado no respeito, na cidadania e na paz.



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia c/ habilitação em Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. www.angelaadriana.com.br






Benevolência



Benevolência



Por: Neuza Razza


Em um hospital, um rapaz andava pelos corredores quando viu a porta de um quarto aberta. Lá estava um senhor de idade avançada, muito doente, em sua cama, sozinho. Seu olhar profundo e triste parecia dizer: “Estou esperando que alguém venha me ver”.



O rapaz entrou no quarto, puxou uma cadeira junto à cama e com as mãos do doente entre as suas disse baixinho, só para ele ouvir:


__ Papai eu estou aqui.



O velho trêmulo voltou á cabeça, com os olhos de felicidade, sorriu para o rapaz, e tornou a fechar os olhos com um semblante de paz.



O rapaz passou a noite toda segurando e acariciando aquelas mãos quase sem vida.



Nas visitas noturnas de médicos e enfermeiras, todos ficaram admirados com a dedicação daquele jovem.



Ao amanhecer, o velho estava morto, mas trazia um semblante de imensa alegria estampada no rosto.



As enfermeiras entraram no quarto dando as condolências pela morte do seu pai.



Então ele olhou mais uma vez para o velho e disse a todos:


__Obrigado, mas ele não era meu pai.



Em seguida, saiu deixando todos surpresos por sua atitude e se perguntando: “Se ele não era o filho porque então se comportou como tal, por que passou todo esse tempo ao lado daquele senhor”.



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Este texto é ótimo para incentivar a criatividade dos alunos, criando situações para o desfecho do texto.


Você pode trabalhar em grupo ou individual.


Procurar fazer com que o aluno possa criar situações diferentes para o caso.


O professor tem que ensiná-lo a criar e a pensar em novas situações e ampliar o seu vocabulário.




Você poderá fazer um roteiro para ajudá-lo.



1)- Quem você acha que é o rapaz?


2)-O que é Benevolência?


3)-O rapaz só fez por bondade?


4)-Por que ele ficou até o fim com o velho?



5)-Será que ele era mesmo seu filho?


6)- Ou seria a morte a espera do ato final?


7)- Você acha que o velho acreditou que fosse mesmo seu filho?


8)- Se você estivesse no lugar do rapaz, qual seria a sua reação?


9)-Dê uma outra solução para o mistério.




Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Pedagoga, escritora – professora do ensino fundamental e médio.






O Cobertor



O Cobertor



Por: Neuza Razza


Um velho com seus rostos cansados, marcados por rugas profundas pelos anos de muito trabalho e sofrimento. Deu duros todos esses anos para formar seu filho advogado e sentia orgulho por ver seu esforço recompensado, ele estava formado e muito bem de vida.


Não podendo mais trabalhar e com sua esposa já falecida, foi morar com seu filho casado, e com dois netos. Sua vida ali não era fácil, era rejeitado, humilhado, criticado pela sua nora, que não queria ter trabalho ainda mais com um velho que era seu sogro e que ela não sentia o mínimo de afeto.


As brigas entre o casal eram constantes, e o alvo era sempre o velho, que a tudo ouvia, e cada vez mais tentava se isolar quando sua nora aparecia.


Ela tanto fez que o marido para não ter mais brigas tomou uma atitude.


Chamou seu velho pai e disse:


__ Pai tome esse cobertor para o senhor se abrigar e gostaria que fosse embora desta casa, não agüento mais as brigas com minha mulher.


O velho de cabeça baixa e os olhos cheios de lágrimas foi saindo, andando com passos lentos pelo peso da idade.


Ele só pensava onde iria arrumar um asilo para morar, até quando ele fosse se encontrar com sua esposa.O neto menor que tudo ouvia, com os olhos marejados de lágrimas abraça o avô e pediu:


__ Vovô, eu te amo, o senhor pode me dar à metade do seu cobertor?


O velho não entendeu o pedido, mas partiu o cobertor ao meio dando uma parte ao neto.


O menino voltou para dentro de casa e foi direto para onde se encontravam os pais.


Vendo o filho com um pedaço do cobertor perguntaram:


__Filho esse cobertor é de seu avô.


O menino com um olhar triste e cheio de mágua, com o rosto banhado de lágrimas fitando-os falou:


__ Eu pedi metade do cobertor, porque vocês irão ficar velhos e eu vou guardá-lo para lhes dar como fizeram com meu avô.






Este é um bom texto para trabalhar com os alunos em grupos ou individual.


Desenvolver a criatividade deles, fazendo com que entenda o que leram, e do que se trata o texto, criando novas situações, dando sua própria opinião sobre o texto desenvolvido.


E também dar uma conclusão pessoal do texto.



Você poderá fazer um roteiro para ajudá-los



1- O que você achou do texto?


2- Onde se passa o conto?


3- Qual o sentimento de uma pessoa de idade avançada ao ser rejeitado?


4- A nora agiu correto com o sogro?


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5- Será que ela faria o mesmo com seu pai?


6- O que você acha da atitude do filho do velho?


7- Será que todo o esforço que o velho fez foi reconhecido por seu filho?


8- O que você achou da atitude do neto ao pedir ao avô a metade do cobertor?


9- Ponha-se no lugar do filho do velho, o que você faria numa situação dessa?


10- O que você acha que levou o menino a tomar essa atitude a favor do avô?


11- Dê uma outra solução para esse texto?


12- Dê sua conclusão pessoal do assunto que você leu?



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Pedagoga, escritora – professora do ensino fundamental e médio.