Aulas de Língua Portuguesa



Reforma Ortográfica



Reforma Ortográfica



Por: Vívian Cristina Rio


REFORMA ORTOGRÁFICA

"Ortografia é convenção. As pessoas assimilarão as mudanças. Crianças não terão dificuldade, [elas] aprenderão assim"

MAURO VILLAR

lexicógrafo (autor de dicionário)

"Vai ser uma confusão. Ortografia não se aprende por regra. As pessoas vão ter forçosamente que ler a respeito"

SÉRGIO NOGUEIRA

professor de português e consultor de língua portuguesa no Rio de Janeiro

A partir de 1º de janeiro de 2009, entra em vigor a tão discutida reforma ortográfica, elaborada em 1990 e finalmente aprovada neste ano. O objetivo do acordo é unificar o português escrito (e não o falado), língua oficial de Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

Mas a língua portuguesa pouco mudará com a chegada do novo ano. Estima-se que, em Portugal, as mudanças resultam em 1,5% de alteração no vocabulário, contra 0,5% no Brasil. Talvez a maior mudança ocorra na informática, já que os verificadores ortográficos dos editores de texto terão que ser modificados. A Microsoft, claro, já tratou de providenciar a atualização do corretor do pacote Office gratuitamente para todos os usuários.

É importante, no entanto, não deixar a tarefa de atualização do português para a Microsoft, afinal, hoje em dia, na área empresarial, fala-se tanto em aprimoramento, reciclagem de conhecimentos. Esse é um bom momento para um upgrade na língua.

Elaboramos um guia com as principais mudanças do Acordo Ortográfico, para que você possa consultá-lo. (Caso deseje receber nosso manual, entre em contato conosco pelo site)

ALFABETO: de 23, passa a ter 26 letras, com a reintrodução das letras k, w e y - embora elas sempre tenham sido usadas, em unidades de medidas, por exemplo.

ACENTUAÇÃO

TREMA: não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui

Em vez de Escreva

agüentar aguentar

bilíngüe bilíngue

freqüência frequência

tranqüilo tranquilo

pingüim pinguim

* Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas (Müller, mülleriano).

ACENTO AGUDO

1. Não se acentuam ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Em vez de Escreva

apóia (verbo ‘apoiar') apoia

jóia joia

idéia ideia

assembléia assembleia

* Atenção: continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis, como papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos

quando escritos depois de um ditongo.

Em vez de Escreva

cheiínho cheiinho

baiúca baiuca

Bocaiúva Bocaiuva

feiúra feiura

* Atenção: o acento permanece em palavras oxítonas em que o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), como em tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

ACENTO CIRCUNFLEXO

1. Não se acentuam palavras terminadas em êem e ôo(s).

Em vez de Escreva

abençôo abençoo

crêem creem

lêem leem

vêem veem

vôo voo

zôo zoo

ACENTO DIFERENCIAL

1. Não se usa mais o acento que diferencial dos pares pára/para, péla(s)/

pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

* Atenção: Permanece o acento diferencial em:

- Pôde (passado do verbo "poder") / pode (presente do verbo "poder").

- Pôr (verbo) / por (preposição).

- Diferenciação de singular e plural dos verbos ter e vir e de seus derivados

(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Ele tem dois cargos. / Eles têm dois cargos.

Ele vem de Campinas. / Eles vêm de Campinas.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

HÍFEN

Usa-se hífen quando

1. O segundo elemento começar com h

Escreva

anti-higiênico

co-herdeiro

mini-hotel

sobre-humano

super-homem

Obs.: Na palavra ‘subumano' o h desaparece

2. O primeiro elemento terminar com vogal ou consoante igual à letra que começar o segundo (exceto: cooperar, cooptar)

Em vez de Escreva

antiimperialista anti-imperialista

Arquiinimigo arqui-inimigo

contraataque contra-ataque

microondas micro-ondas

micrnibus micro-ônibus

Obs.: Esta é a regra já usada para usar o hífen em palavras como: sub-bibliotecário, inter-regional.

Não se usa hífen quando

1. O primeiro elemento terminar com letra diferente da que começar o segundo.

Em vez de Escreva

auto-ajuda autoajuda

auto-escola autoescola

auto-estima autoestima

auto-estrada autoestrada

infra-estrutura infraestrutura

2. O primeiro elemento terminar com vogal e o segundo começar com consoante, exceto o h (anti-herói).

Escreva

anteprojeto

infravermelho

vasodilatador

Obs.: quando a segunda palavra começar com r ou s, essas letras devem ser dobradas.

Em vez de Escreva

anti-rugas antirrugas

auto-retrato autorretrato

supra-sumo suprassumo

ultra-sonografia ultrassonografia

3. O primeiro elemento terminar com consoante e o segundo começar com vogal (exceção, como mal-estar)

Escreva

hiperacidez

interescolar

interestadual

superinteressante

Obs.: O hífen permanece quando o prefixo terminar em r (hiper, inter, super) e o segundo elemento também começar com r. Exs.: hiper-requintado, inter-relacionado, super-resistente.

4. Em certas palavras compostas que perderam a noção de composição:

Escreva

girassol

mandachuva

paraquedas

paraquedista

* Atenção: na maioria dos substantivos e adjetivos compostos, mantém-se o hífen. Exs.: ano-luz, arco-íris, bem-te-vi, conta-gotas, couve-flor, guarda-roupa, luso-brasileiro, para-raio, para-lama, guarda-chuva.

Outros casos de palavras compostas

1. Usa-se hífen nas palavras compostas com os advérbios bem e mal, como em: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-estar, mal-humorado.

Mas lembre-se de que os antônimos das palavras malvisto, malcriado e malnascido são escritos com hífen: bem-visto, bem-criado e bem-nascido.

* Exceções: bendizer, benfeito, benquerer.

2. Não se emprega hífen em locuções como: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cor de vinho, ele próprio, à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que etc.

* São exceções as locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa.

Mais prefixos e o uso do hífen

Usa-se hífen com:

1. O prefixo sub diante de palavra iniciada por b, h e r: sub-base, sub-hepático, sub-região. Atente-se para exceções como: subumano, subumanidade (h aglutinado).

2. Os prefixos circum e pan diante de palavra iniciada por m, n e vogal.

Exs.: circum-navegação, pan-americano.

3. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.

Exs.: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei.

4. Com os prefixos ab e ad diante de palavra iniciada por b ou r.

Exs.: ab-rogar, ad-renal.

Não se usa hífen com:

1. O prefixo co, que se aglutina em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:

Exs.: coautor, coerdeiro (h aglutinado), coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante.



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Vívian Cristina Rio, Linguista graduada pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Doutoranda pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.



Foi professora de Redação e Gramática em cursinho pré-vestibular e corretora de Redação do Vestibular da UNICAMP.
Participou de vários congressos – dois internacionais – e publica artigos em livros e revistas especializadas em Lingüística.



Colaboradora da Revista Língua Portuguesa, Editora Segmento.



Instrutora de Comunicação Oral e Escrita, ministrou treinamentos em diversas empresas, como Banco Itaú, DaimlerChrysler, GE, International Paper do Brasil, Natura Cosméticos, Novartis, Ripasa, Sadia, Tintas Coral, Villares Metals, entre outras.





Faça bom uso das histórias em quadrinhos sobre a Filosofia, você que é professor: busque, investigue, pesquise seja exemplo para o seu aluno, afinal somos formadores de opinião e devemos educar também pelo exemplo...Dedico estas aulas a Profª Edileuza Borges a quem tenho um carinho especial!


Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil



Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil



Por: Angela Adriana de Almeida Lima


Sendo a Educação Infantil a fase inicial da vida escolar da criança, necessário se torna que os profissionais envolvidos neste processo - especialmente educadores - apresentem aspectos condizentes à realidade em questão. Certas características devem ser observadas ao se contratar este profissional e eticamente falando - ao assumir a responsabilidade de se trabalhar com crianças. Foram elencadas abaixo vinte dicas e características que um profissional deve ter para realizar um trabalho prazeroso e significativo com crianças pequenas,


1- GOSTAR DE CRIANÇAS, é imprescindível que o profissional goste de crianças , afinal nesta fase elas exigem paciência e amor a todo momento. Pressupõe-se que quem gosta de crianças, goste também de trabalhar com elas. O trabalho com pequenos requer disposição, carinho, responsabilidade e uma energia imensa proviniente somente de quem gosta do que faz.


2- AGILIDADE é uma característica de peso considerável, pois a criança corre, pula, caí, levanta, descarrega energia e se envolve em situações repentinas de risco, onde a agilidade do profissional pode evitar acidentes graves com os pequenos.


3- BOM PREPARO FÍSICO, nesta fase a maioria das brincadeiras são realizadas no chão, em rodas de conversa ou em círculos programados para as atividades, para tanto o profissional necessita de boa disposição física para sentar, levantar, pular, engatinhar, enfim participar de todas as atividades que propõe à criança. Além do que, os pequenos adoram presenciar adultos executando as mesmas atividades que eles.


4- SER ÉTICO, assuntos relacionados à instituição e suas famílias devem ser preservados. Nesta fase é comum crianças comentarem intimidades das famílias - estes casos ajudam os profissionais a conhecerem a realidade de vida da criança - e também alguém da família procurar apoio , confiando seus problemas a pessoas que trabalham na Instituição. Todavia, estes fatos somente poderão ser comentados em casos extremos- a pessoas especializadas ( Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais) e com a aprovação da Equipe dirigente da Instituição. Tratar aos colegas com respeito e cordialidade, evitando brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança observa o professor e o imita a todo momento.


5- SABER OUVIR OS RELATOS INFANTIS, nestes momentos o profissional poderá detectar possíveis problemas de várias naturezas, pelos quais a criança poderá estar passando - ou até mesmo sobre sua personalidade.


6- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO, a criança testa o adulto a todo instante e quando percebe que está vencendo, se torna indiscilplinada e resistente às regras de convivência. Porém, a amabilidade deve ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está em um ambiente onde todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar ambos aspectos, ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus deveres, sempre que necessário.


7- RECEBER BEM OS PEQUENOS E SEUS FAMILIARES, os pais precisam se sentir seguros em relação ao local e às pessoas em que estão confiando seus filhos. Portanto, o profissional deve recebê-los sempre com cordialidade, esclarecendo suas dúvidas, tranquilizando-os em seus anseios, se disponibilzando a atendê-los quando necessitarem e utilizando estratégias que motivem a criança a gostar de ir para a instituição.


8- SER CRIATIVO, o planejamento pedagógico deverá nortear o trabalho do educador, todavia, poderá ser alterado sempre que a atividade proposta não estiver despertando o interesse da turma, para isso o profissional deverá ser criativo e tornar a atividade em questão mais prazerosa ou até mesmo lançar mão de outra atividade. Elaborar um plano de aula focado em situações cotidianas das crianças ou da Instituição, encontrando ou criando músicas, histórias, jogos, atividades e brincadeiras que enfatizem o tema do planejamento é uma ótima estratégia para um trabalho diversificado.


9- QUERER APRENDER, a todo momento surgem fatos inesperados quando o assunto é criança, e nem sempre o profissinal está preparado para resolver tudo o que acontecer, portanto, deverá ter humildade para pedir ajuda e querer aprender com os mais experientes.


10- UTILIZAR ROUPAS ADEQUADAS, caso a instituição não adote uniforme, o ideal é camiseta e calça de malha ou jeans - mais largo - para não prejudicar o desempenho das atividades, e tênis ou sandálias rasteirinhas. Roupas decotadas, saias, sandálias de salto, roupas apertadas, transparentes, miniblusas ou tomara que caia devem ser evitados, pois além de inibir o trabalho do profissional, desperta a tenção de pais, colabores, profissionais e demais pessoas envolvidas no processo.


11- NÃO DEIXAR AS CRIANÇAS SOZINHAS, ter consciência de que as crianças não podem ficar sozinhas em nenhum momento, caso tenha necessidade de se ausentar do espaço onde se encontra com a turma, peça a uma criança que chame outro profissional para assumir seu lugar temporariamente. Um segundo sozinhas, os pequenos cometem atitudes inesperadas.


12- JAMAIS DÊ AS COSTAS ÀS CRIANÇAS, ao falar com alguém na porta da sala - ou em qualquer outro espaço - jamais dê as costas às crianças, em fração de segundos acontecem muitos problemas sem que o educador esteja vendo.


13- TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, não falar em tom áspero, irônico e volume alto - assim a criança só compreenderá suas solicitações quando as mesmas forem feitas com gritos. O ideal é manter um tom baixo e calmo, todavia caso haja necessidade de uma alteração, que não haja grito e sua mudança na tonalidade da voz..


14- GOSTAR DE MÚSICA, nesta fase a musicalização é muito utilizada. O profissional deverá gostar, conhecer e querer aprender mais e mais músicas, de preferência acompanhadas de gestos que ajudam muito no desenvolvimento infantil.


15- SABER CONTAR HISTÓRIAS, sim pois contar histórias não é ler o livro - é contar com emoção, despertando a curisidade e a imaginação da criança.


16- CONHECER AS ÁREAS DO CONHECIMENTO A SEREM TRABALHADAS: Racíocinio lógico matemático, Linguagem oral e escrita, Psicomotricidade, Áreas Perceptivas, Conhecimento Social, Áreas de expressão artística e cultural, Valores Humanos,Religiosidade, Consciência Ecológica e Conhecimento físico - elaborando seu plano de aula enfatizando todas as áreas.


17- LER E EXECUTAR A PROPOSTA PEDAGÓGICA E O REGIMENTO DA INSTITUÇÃO, assim o trabalho do profissional terá embasamento teórico e sustentabilidade pedagógica.


18- SABER ELABORAR PROJETOS DE AÇÃO PEDAGÓGICA envolvendo temas atuais, o trabalho com projetos facilita o trabalho do educador, porém, estes projetos devem ser executados com criatividade envolvendo temas de interesse das crianças e ao mesmo tempo objetivando uma conscientização sobre o tema proposto. Os projetos devem ser constantemente avaliados, caso contrário, não terão significado ao processo educacional.


19- DECORAR E REDECORAR O AMBIENTE SEMPRE QUE NECESSÁRIO, os olhos da criança se cansam com facilidade de determinadas decorações, para evitar esta situação, o ideal é utilizar cores claras, tons pastéis e desenhos acompanhados de paisagens, passarinhos, vales, árvores e flores, pois acalmam os pequenos.


20- RESERVAR UM ESPAÇO NA SALA PARA EXPOSIÇÃO DAS PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS e convidar os demais profissionais da Instituição, bem como os familiares dos pequenos, para visitarem a exposição de trabalhos delas. Pode-se colocar um nome na exposição e um pseudônimo para o autor da obra. Expor trabalhos nos corredores de entrada da Instituição - de forma criativa, sempre identificados e relatando os objetivos- também apresenta bons resultados.


É importante ressaltar que não há receita pronta para se trabalhar em nenhum nível educacional, mas a troca de experiências tem garantido excelentes resultados aos profissionais. Entretanto, a chave do sucesso de qualquer trabalho consiste em gostar do que faz. Quando se faz o que se gosta, as barreiras se tornam transponíveis e as amarras mais frouxas.






Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia com Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. www.angelaadriana.com.br





Projeto: Respeitando E Convivendo Com As Diferenças



Projeto: Respeitando E Convivendo Com As Diferenças



Por: Angela Adriana de Almeida Lima


O projeto visa proporcionar a todos envolvidos com Educação Infantil, subsídios para um trabalho lúdico-conscientizador a respeito das diferenças. Piaget acredita que a criança de 2 a 4 anos, se encontra na fase simbólica e neste período os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida delas. Partindo deste pressuposto, neste projeto através do jogo simbólico, as crianças serão incentivadas a respeitar e conviver com vários tipos de diferenças e deficiências, a reconhecer por meio de atividades lúdicas, as dificuldades enfrentadas por deficientes físicos e visuais; a desenvolver a solidariedade, a afetividade e a compreender a importância do saber auxiliar o outro.


Wallon afirma que através da afetividade a criança demonstra seus sentimentos, desejos e necessidades. O Projeto se destina a crianças entre 3 a 6 anos, divididas em turmas, de acordo com a faixa etária e conta com o envolvimento de todos da Instituição. Seis ursinhos de pelúcia são levados à Instituição por uma senhora que necessita viajar para cuidar de um filho doente. Ela pede que as crianças cuidem deles até que possa retornar. Os ursos contam com as seguintes diferenças: deficiência física, deficiência visual, obesidade, desnutrição, raça negra e surdez - mudez. Estes bichinhos serão divididos entre as turmas e cada turminha ficará responsável por cuidar de um ou mais bichinhos- de acordo com o número de turmas da Instituição. A senhora pedirá que providencie nomes, objetos pessoais e roupas para os ursinhos, pois saiu com pressa de casa e acabou esquecendo tudo. É feita, então uma campanha para arrecadação de roupas, mochilinhas e objetos pessoais para os bichinhos. Depois, um processo eleitoral decidirá os nomes dos ursinhos. Passada esta etapa, cada criança da turma, ficará responsável por cuidar do bichinho por um dia, dentro da Instituição e levando- o para casa, juntamente com a mochilinha. Nos fins de semana os profissionais da Instituição ficam responsáveis por cuidar dos bichinhos, este fat garante que nenhuma criança maior possa desmistificar o projeto, causando transtornos à criança.


Os ursinhos são integrados em todas as atividades diárias e festividades realizadas. A cada final de semestre a senhora que levou os ursinhos reaparece e os leva para passarem as férias com ela. É importante que nestas ocasiões, também se faça uma roda da conversa, afim de diagnosticar as vivências das crianças. Ao reiniciarem as aulas, os bichinhos retornam à Instituição. O Projeto motiva também o pensar em torno do convívio com as diferenças dos profissonais em questão. Num contexto geral, temos relações interpessoais mais satisatórias dentro do contexto educativo. As diferenças não podem ser tratadas como se não existissem, nem tão pouco trabalhadas apenas quando surge algum caso na Instituição. Portanto, necessário se faz, um traballho educativo abordando este assunto que é tão importante um verdadeiro processo inclusivo pautado no respeito, na cidadania e na paz.



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia c/ habilitação em Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. www.angelaadriana.com.br






Benevolência



Benevolência



Por: Neuza Razza


Em um hospital, um rapaz andava pelos corredores quando viu a porta de um quarto aberta. Lá estava um senhor de idade avançada, muito doente, em sua cama, sozinho. Seu olhar profundo e triste parecia dizer: “Estou esperando que alguém venha me ver”.



O rapaz entrou no quarto, puxou uma cadeira junto à cama e com as mãos do doente entre as suas disse baixinho, só para ele ouvir:


__ Papai eu estou aqui.



O velho trêmulo voltou á cabeça, com os olhos de felicidade, sorriu para o rapaz, e tornou a fechar os olhos com um semblante de paz.



O rapaz passou a noite toda segurando e acariciando aquelas mãos quase sem vida.



Nas visitas noturnas de médicos e enfermeiras, todos ficaram admirados com a dedicação daquele jovem.



Ao amanhecer, o velho estava morto, mas trazia um semblante de imensa alegria estampada no rosto.



As enfermeiras entraram no quarto dando as condolências pela morte do seu pai.



Então ele olhou mais uma vez para o velho e disse a todos:


__Obrigado, mas ele não era meu pai.



Em seguida, saiu deixando todos surpresos por sua atitude e se perguntando: “Se ele não era o filho porque então se comportou como tal, por que passou todo esse tempo ao lado daquele senhor”.



*************************************************************************



Este texto é ótimo para incentivar a criatividade dos alunos, criando situações para o desfecho do texto.


Você pode trabalhar em grupo ou individual.


Procurar fazer com que o aluno possa criar situações diferentes para o caso.


O professor tem que ensiná-lo a criar e a pensar em novas situações e ampliar o seu vocabulário.




Você poderá fazer um roteiro para ajudá-lo.



1)- Quem você acha que é o rapaz?


2)-O que é Benevolência?


3)-O rapaz só fez por bondade?


4)-Por que ele ficou até o fim com o velho?



5)-Será que ele era mesmo seu filho?


6)- Ou seria a morte a espera do ato final?


7)- Você acha que o velho acreditou que fosse mesmo seu filho?


8)- Se você estivesse no lugar do rapaz, qual seria a sua reação?


9)-Dê uma outra solução para o mistério.




Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Pedagoga, escritora – professora do ensino fundamental e médio.






O Cobertor



O Cobertor



Por: Neuza Razza


Um velho com seus rostos cansados, marcados por rugas profundas pelos anos de muito trabalho e sofrimento. Deu duros todos esses anos para formar seu filho advogado e sentia orgulho por ver seu esforço recompensado, ele estava formado e muito bem de vida.


Não podendo mais trabalhar e com sua esposa já falecida, foi morar com seu filho casado, e com dois netos. Sua vida ali não era fácil, era rejeitado, humilhado, criticado pela sua nora, que não queria ter trabalho ainda mais com um velho que era seu sogro e que ela não sentia o mínimo de afeto.


As brigas entre o casal eram constantes, e o alvo era sempre o velho, que a tudo ouvia, e cada vez mais tentava se isolar quando sua nora aparecia.


Ela tanto fez que o marido para não ter mais brigas tomou uma atitude.


Chamou seu velho pai e disse:


__ Pai tome esse cobertor para o senhor se abrigar e gostaria que fosse embora desta casa, não agüento mais as brigas com minha mulher.


O velho de cabeça baixa e os olhos cheios de lágrimas foi saindo, andando com passos lentos pelo peso da idade.


Ele só pensava onde iria arrumar um asilo para morar, até quando ele fosse se encontrar com sua esposa.O neto menor que tudo ouvia, com os olhos marejados de lágrimas abraça o avô e pediu:


__ Vovô, eu te amo, o senhor pode me dar à metade do seu cobertor?


O velho não entendeu o pedido, mas partiu o cobertor ao meio dando uma parte ao neto.


O menino voltou para dentro de casa e foi direto para onde se encontravam os pais.


Vendo o filho com um pedaço do cobertor perguntaram:


__Filho esse cobertor é de seu avô.


O menino com um olhar triste e cheio de mágua, com o rosto banhado de lágrimas fitando-os falou:


__ Eu pedi metade do cobertor, porque vocês irão ficar velhos e eu vou guardá-lo para lhes dar como fizeram com meu avô.






Este é um bom texto para trabalhar com os alunos em grupos ou individual.


Desenvolver a criatividade deles, fazendo com que entenda o que leram, e do que se trata o texto, criando novas situações, dando sua própria opinião sobre o texto desenvolvido.


E também dar uma conclusão pessoal do texto.



Você poderá fazer um roteiro para ajudá-los



1- O que você achou do texto?


2- Onde se passa o conto?


3- Qual o sentimento de uma pessoa de idade avançada ao ser rejeitado?


4- A nora agiu correto com o sogro?


.



5- Será que ela faria o mesmo com seu pai?


6- O que você acha da atitude do filho do velho?


7- Será que todo o esforço que o velho fez foi reconhecido por seu filho?


8- O que você achou da atitude do neto ao pedir ao avô a metade do cobertor?


9- Ponha-se no lugar do filho do velho, o que você faria numa situação dessa?


10- O que você acha que levou o menino a tomar essa atitude a favor do avô?


11- Dê uma outra solução para esse texto?


12- Dê sua conclusão pessoal do assunto que você leu?



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com



Perfil do Autor:

Pedagoga, escritora – professora do ensino fundamental e médio.



Plano de Curso Filosofia

COLÉGIO ESTADUAL PROF. MAGALHÃES NETO

FILOSOFIA ENSINO MÉDIO- Margarida Jansen

PLANO DE CURSO

EMENTA:

A Filosofia no ensino médio prevê uma introdução ao universo de tal disciplina, seguida, pelo estudo de temas relacionados as três áreas importantes desta: Teoria do Conhecimento, Ética e Estética.


OBJETIVOS:

· Distinguir os campos específicos para a Ética e a Política, percorrendo os pensamentos de Platão Aristóteles e Maquivel.
· Aproximar os alunos da Filosofia apresentando uma proposta de divisão histórica dos períodos filosóficos.
· Entender a superação do Mito com base na Filosofia.
· Compreender a origem do pensamento filosófico grego destacando Tales de Mileto.
· Localizar a Grécia neste contexto de mudança, ressaltando condições históricas e geográficas.
· Conhecer o pensamento de Sócrates Platão e Aristóteles, que compõe o importante legado ocidental dos mais produtivos períodos da Filosofia Grega: O antropológico e Sistemático.
· Perceber as questões que envolvem a Ética no se cotidiano.
· Refletir a polemica da estética na visão grega e na atualidade.
· Analisar as teorias contratualista, ao modelo político marxista, passando pelo idealismo e pela dialética. Hangelianos no Hobbes, Lucke, Montesquieu, Rousseau, Hagel, Max e Engels, alem de citar as revoluções burguesas e socialistas que modificaram o cenário político mundial e guardaram profunda relação com a teoria destes pensadores.
· Discutir os conceitos de Ideologia e Cidadania.
· Reconhecer os antecedentes da meta física na idade média, moderna e atualidade.
· Identificar a lógica na antiguidade, na idade média e na atualidade.
· Teorizar sujeito e a realidade.
· Desconstruir o sujeito e a realidade.


METODOLOGIA:

· Aulas expositivas (tema da Aula)
· Leitura: indicação de algumas leituras para ampliação da abordagem dos temas.
· Pesquisas: para reflexão e debates sobre fatos históricos e correntes de pensamento.
· Vocabulário: significado de conceitos chaves.
· Painéis em equipes: apresentação de painéis a partir das pesquisas vinculadas a avaliação.
· Seminários
· Outros...


AVALIAÇÃO:

Debates
Pesquisas
Produção de Textos
Charges
Painéis
Dramatizações
Interpretação de filmes
Interpretação de textos em equipes ou individuais
Provas e testes



PROGRAMAÇÃO DE CONTEÚDOS

I UNIDADE

Bem vindo a Filosofia
Grécia Antiga
Pensamento Mítico
O que é um Mito
Berço da Filosofia
Origem e desenvolvimento do raciocínio Filosófico
Tales: primeiro filósofo
Sócrates, Platão e Aristóteles.
Um questionador incômodo (Sócrates)
Discípulo ou Pensador? (Platão)
Mito da Caverna
Um grande Pesquisador? (Aristóteles)
Divergências filosóficas.


I I UNIDADE

Percepção e Conhecimento
Os sentidos e a percepção
Senso comum X conhecimento cientifico
Epistemologia
Teorias Filosóficas
Ceticismo uma revolução filosófica
Fenomenologia um olhar mais recente
Filosofia da ciência
Afinal o que é ciência?
O alcance da ciência


III UNIDADE
O que devo fazer?
Por que agir corretamente
Uma questão de ética
Dentro ou fora da lei?
Moral ou ética
Ética antiga e medieval
A busca da virtude
A medida da felicidade
Filosofias de vida
Nascimento da ética cristã
Felicidade x Dever
Ética Moderna e Contemporânea
Entre paixões deveres e valores
Senhor x escravo
Projeto de si mesmo
Ética e Vida


IV UNIDADE
Domínios da sensibilidade
Elementos de percepção
Em busca do belo
Imagens do belo
Ramos da estética
Polemica estética na Grécia antiga
Polemica moral na modernidade
Polemica vital contemporânea
Mistérios da Arte
Arte ou Indústria?
Arte e Movimento?
Obras ou produto?

Didática



COLÉGIO ESTADUAL PROF. MAGALHÃES NETO

DIDÁTICA - ENSINO NORMAL- MAGISTÉRIO

PLANO DE CURSO- Margarida Jansen



EMENTA:

Identifica educação, escola, sociedade, teoria do ensino e formação do educador.Analisa a organização do trabalho docente (aspectos teóricos e metodológicos) e os processos de construção do conhecimento e avaliação da aprendizagem.


OBJETIVO GERAL:

· Compreender a organização do trabalho docente, em seus aspectos teóricos e metodológicos, a sua função no processo de construção do conhecimento escolar, mediante demandas educacionais solicitadas pelo contexto sócio econômico, cultural e ideológico atual.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

· Compreender o conceito e as perspectivas da didática mediante a função social do ensino ao longo da historia, até chegar aos dias atuais, a partir das contribuições deixadas pela filosofia, antropologia, sociologia, psicologia e pedagogia;

· Compreender e analisar as diferentes concepções pedagógicas dos processos de construção do conhecimento e da aprendizagem, tomando como referencial o contexto sócio-político, cultural e educacional brasileiro atual;

· Refletir e discutir sobre as competências necessárias ao educador mediante sua função educacional frente ao contexto sócio, político, cultural e econômico da sociedade brasileira;

· Refletir e promover auto-análise do aluno enquanto educando do curso de magistério e das suas necessidades para alcançar sua formação enquanto educador;

· Compreender as diferentes perspectivas do conceito de avaliação a partir dos referencias teóricos sobre o processo de ensino aprendizagem sócio-construtivista.

METODOLOGIA:

· Exposições temáticas dialógicas;

· Apresentação de seminários didáticos com produção de relatórios;

· Atividades de Auto-avaliação dos seminários;

· Estudos reflexivos dirigidos;

· Estudos Intertextuais a partir da análise de filmes e textos

· Resenha critica de obras solicitadas;

· Produção de relatório levantamento do perfil de grupo-classe com base nas atividades de estágio realizadas durantes os estágios curriculares;

· Atividades de produção de resumos; memórias de aula;

· Análise sobre filmes (“A Missão”, “Paulo Freire”, “Nenhum a Menos”, etc...


AVALIAÇÃO:

* Debates
* Pesquisas
* Produção de Textos
* Charges
* Painéis
* Dramatizações
* Interpretação de filmes
* Interpretação de textos em equipes ou individuais
* Provas e testes


PROGRAMAÇÃO DE CONTEÚDOS
I UNIDADE

A Didática, a escola e a sociedade

* A Educação e a Didática em diferentes concepções pedagógicas;
* Pedagogia – conceitos, aspectos, divisão e objeto;
* Didática – conceito dados históricos:

Objetivo

Divisão

Didática da Escola Tradicional e Moderna

Didática e Metodologia


I I UNIDADE

* Objetivo de ensino: Importância, Níveis, Classificação, Formulação.
* Áreas: Cognitivo, Afetivo e Psicomotor;
* Conteúdo de ensino: Conceito, Seleção, Organização;
* Métodos e Técnicas de Ensino;
* Recurso de Ensino;
* Relação Pedagógica Professor – Aluno – Conhecimento;


III UNIDADE

* Planejamento de Ensino
* Conceito e Importância;
* Níveis: Preparação – Curricular – Ensino;
* Fases: Preparação , desenvolvimento- Aperfeiçoamento;
* Tipos plano curso, plano unidade, plano aula


IV UNIDADE

* Avaliação do Ensino;
* Conceito;
* Diferentes propostas e perspectivas;
* Finalidades da avaliação;
* Técnicas e Instrumentos de Avaliação.


PLANO DE ATIVIDADES AVALIATIVAS

ATIVIDADE/TEMA

Seminários Didáticos sobre Tendências Pedagógicas

Objetivo da Atividade: Estudar e compreender as perspectivas pedagógicas e sócio culturais das pedagogias de Paulo Freire, Maria Montessori, Jean Piaget, Henry Walon, Jonh Dewey, Lév Vygotsky, Celestin Freinet, em função ao processo de ensino e da aprendizagem.

AGRUPAMENTO: Equipe/dupla

REALIZAÇAO: Apresentação seqüencial

INFORMAÇOES METODOLÓGICAS:

1. A equipe deverá realizar a apresentação do seminário no tempo máximo de uma hora-aula;
2. Cada equipe deverá elaborar uma estratégia metodológica para apresentação do tema de forma dinâmica, clara e objetiva. Vale ressaltar, que as equipes que realizarem apresentações lendo o texto perderão pontuação;
3. A equipe deverá produzir um resumo do seminário em uma lauda baseado na referencia teórica indicada, podendo ser acrescentado outras fontes, desde que citados nas referencias bibliográficas:

a) O texto apresentado deverá conter as seguintes informações: título da abordagem apresentada; dissertação do tema principal e dos enfoques secundários abordados; conclusões da equipe a partir do enfoque abordado, referencias bibliográficas.

b) O texto deverá obedecer às normas das ABNT.

c) Formato de estrutura do texto: impresso em 1 via digital, disquete ou CD, a ser entregue no dia do seminário.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

1) Os critérios de avaliação utilizados para o texto estão dispostos neste Plano de Curso.

2) Todos os componentes da equipe apresentarão o trabalho e serão analisados individualmente e no grupo.

3) Os critérios de avaliação da apresentação:

a) Individual: segurança e domínio de conteúdo, clareza na comunicação, organização da apresentação e integração com a equipe.

b) Coletivo: comunicação, metodologia da apresentação utilizada, exposição do tema, equipe, criatividade e avaliação de aprendizagem dos alunos.

4) A avaliação será realizada pela professora e pelos alunos numa auto-avaliação qualitativa.



ATIVIDADE/TEMA

Estudo intertextual

Objetivo da Atividade:
Refletir acerca da função do ensino e da aprendizagem na sala de aula, buscando apreender a educação para a sociedade atual a partir do estudo dos textos indicados e da analise de trechos dos filmes “A Missão”, “Paulo Freire”, “Nenhum a Menos”.

AGRUPAMENTO: Individual

REALIZAÇAO: Produção de texto em sala de aula.



INFORMAÇOES METODOLÓGICAS:

Estudo dirigido a ser entregue em sala de aula. Referencia teórica de fundamentação textos de Libâneo, Perrenoud e Meireu.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

1) Os critérios de avaliação utilizados estão dispostos neste Plano de Curso;

2) Quando for percebida na atividade produzida a ocorrência de questões com respostas muito semelhantes ou iguais em diferentes trabalhos, as mesmas serão anuladas.

3) A avaliação será realizada pela professora.



ATIVIDADE/TEMA

Memória de aula



Objetivo da Atividade:

Produzir texto narrativo abordando os temas trabalhados em sala, possibilitando o resgate do conteúdo pelos alunos do tema.

AGRUPAMENTO: Dupla

REALIZAÇAO:
Será realizada uma apresentação do texto no inicio da aula.

INFORMAÇOES METODOLÓGICAS

1) Cada equipe deverá apresentar seu texto na aula seguinte com a leitura do texto construído. O mesmo deverá ter no máximo três laudas, devendo ser escrito de forma narrativa, evidenciando apresentar apenas as seguintes informações:

a) Identificação do aluno;

b) Data da observação e o tema abordado no encontro;

c) Abordagem dos conteúdos trabalhados;

d) Estratégias didáticas utilizadas para trabalhar o tema;

e) Análise das aprendizagens realizadas para vida profissional ou análise das estratégias utilizadas para abordar o tema.

f) Indicação teórica dos textos abordados na aula.

2) Esse texto deverá ser disponibilizado em formato digital, sendo entregue em CD, diskete e impressa uma cópia a ser entregue à professora no dia da apresentação.


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO


1. A avaliação será realizada pela professora, considerando que a produção escrita será submentida aos critérios apresentados neste Plano;
2. O aluno que não estiver presente no dia da observação para construção da memória, a atividade será re-agendada, sendo convidado a fazer a atividade o aluno subseqüente.
3. O aluno que for construir a memória deverá estar na sala, pontualmente, ao inicio da aula a ser observada.


CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO:

* Pontualidade;
* Qualidade e criatividade na execução dos trabalhos;
* Coerência e profundidade na abordagem temática abordada;
* Organização da estrutura textual;
* Elementos da linguagem utilizados nas produções escritas;
* Conformidade com rigor cientifico e fundamentação teórica adequada seguindo normas de produção acadêmica;
* Participação e envolvimento nos trabalhos realizados em grupo.


ATENDIMENTO EXTRA-CLASSE

Os alunos poderão estabelecer contato com a professora de forma presencial ao à distancia, segundo a disponibilidade e necessidade de esclarecimento de dúvidas, orientações para estudo e/ou pesquisa podendo ser agendados horários para atendimento presencial semanal na coordenação de estágio às sextas-feiras. Para contatos à distância através do e-mail margojansen1@hotmail.com

Ou http://margothjansen.blogspot.com

http://margothjansenaulas.blogspot.com/

O objetivo de uso deste espaço virtual é:

* Integrar e familiarizar o aluno para o uso da informática e das tecnologia de comunicação e informação ao longo da vivencia da disciplina de Didática, do curso de Magistério;
* Socializar as informações e produções desenvolvidas em sala de aula referentes à disciplina de Didática.



COLÉGIO EST. PROF. MAGALHÃES NETO

MARGARIDA JANSEN

I UNIDADE

DIDÁTICA

O vocábulo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar.

Grosso modo, podemos dizer que a Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégias de aprendizagem. Sua busca de cientificidade se apoia em posturas filosóficas como o funcionalismo, o positivismo, assim como no formalismo e o idealismo.
Sintetizando, poderíamos dizer que ela funciona como o elemento transformador da teoria na prática.

Um pouco de História

Entre os anos 20 e 50, a Didática segue os postulados da Escola Nova, que busca superar os da Escola Tradicional, reformando internamente a escola.
Nessa perspectiva, afirma a necessidade de partir dos interesses espontâneos e naturais da crianças: os princípios de atividade, individualização e liberdade estão na base de toda proposta didática. Passa-se da visão da criança como um adulto em miniatura para centrar-se nela como ser perfeitamente capaz de adaptar-se a cada uma das fases de sua evolução.
Do aluno passivo ante os conhecimentos a serem transmitidos pelo mestre passa-se ao "aprender fazendo" onde cada um se auto-educa ativamente em um processo natural, sustentado por meio dos interesses concretos dos participantes. A atenção às diferenças individuais e a utilização de jogos educativos passem a ter papel de destaque.
Em uma etapa posterior, entre os anos 60 e 80, se passa de um enfoque humanista centrado no processo interpessoal, a uma dimensão técnica que enfoca o processo ensino- aprendizagem como uma ação intencional, sistêmica, que procura organizar as condições que melhor facilitem o processo de aprendizagem. Centra-se em objetivos instrucionais, na seleção de conteúdos, nas estratégias de ensino, destacando-se palavras como produtividade, eficiência, racionalização, operatividade e controle.
A perspectiva industrial adentra na escola e a didática é vista como uma estratégia para alcançar os produtos previstos para o processo de ensino- aprendizagem. A ênfase é colocada na objetividade, racionalidade e neutralidade do processo. O referencial central da educação passa a ser a fábrica e sobre ela se constroem tanto as ações na escola como as conceitualizações referentes à educação.
Essa didática se descontextualiza dos problemas específicos da situação específica da sala de aula e não proporciona elementos significativos para a análise da prática pedagógica real, produzindo uma separação entre teoria e prática.
A partir dos anos 70 se acentuam as críticas a estas perspectivas didáticas. Seu efeito positivo foi a denúncia da falsa neutralidade pretendida pelo modelo tecnicista, revelando seus componentes político- sociais e econômicos.
Na atualidade a perspectiva fundamental da didática é assumir a multifuncionalidade do processo de ensino- aprendizagem e articular suas três dimensões: técnica, humana e política no centro configurador de sua temática.

Características dessa Didática

· partir da análise da prática pedagógica concreta e seus determinantes;

· contextualizar a prática pedagógica e procurar repensar as dimensões técnicas e humanas contextualizando-as;

· analisar as diferentes metodologias explicitando seus pressupostos, o contexto em que surgiram e a visão de homem, de sociedade, de conhecimento e de educação a que responde;

· elaborar a reflexão didática a partir da análise e reflexão sobre experiências concretas, procurando trabalhar continuamente a relação entre a teoria e a prática;

· assumir o compromisso com a transformação social, com a busca de práticas pedagógicas que tornem o ensino eficiente para a maior parte da população;

· ensaiar, analisar, experimentar;

· romper com as práticas profissionais individualistas promovendo o trabalho comum de professores e especialistas;

· buscar formas de manter as crianças na escola;

· discutir o tema do currículo e sua interação com uma população concreta e suas exigências concretas.

DIDÁTICA E CURRÍCULO

O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de planificação do ensino na obra de Bobbit "The curriculum" em 1918.
A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela sem que interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes.
Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte do campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo predomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática.
A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática, esta, favorecendo o trabalho de aula.
Os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse processo de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.
O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porque", o "para que" e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes co conteúdo, dos objetivos e nem do contexto. È importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas.

O papel da Didática

O papel da Didática na formação de professores foi muito bem tratado por Cipriano Luckesi e alguns conceitos que seguem são um resumo de seu pensamento sobre o tema.
A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolver um processo de ensino -aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico- políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.

TEXTO REFLEXIVO

A Difícil Arte de Ensinar

Aquele professor não tem didática! Esta frase é constante entre os alunos secundaristas e também universitários quando comentam sobre a aula de algum professor que pode até ser um excelente pesquisador e que com certeza tem domínio de alguma disciplina mas que não consegue fazer uma ponte entre o que sabe e o aluno. Isto é comum e mostra realmente que para ser um bom professor não basta apenas saber, tem que saber ensinar, o que envolve outros requisitos além de um conhecimento profundo do conteúdo.

O ensinar não envolve apenas as práticas que o professor possui, mas também as maneiras pelas quais ele irá dispor desses conhecimentos em sala de aula. A tão comentada didática, já vem desde os tempos imemoriais dos gregos1 e significa um modo de facilitar o ensino e a aprendizagem do aluno de modos e de condutas desejáveis. Isso requer um determinado esforço por parte do educador, uma prática pedagógica bem construída, planejamento de suas aulas levando em consideração as necessidades do aluno e seus conhecimentos prévios. A preparação de quem deseja ensinar envolve conhecimentos teóricos, não apenas de física, mas também de teorias de aprendizagem, epistemologia, história e filosofia da ciência que contribuem claramente para desenvolver uma capacidade mais profunda e crítica2. Além disso, o professor não deve fazer de sua prática educacional um ato burocrático, que apenas ensina o que está nos livros, ou no currículo por ele desenvolvido, simplesmente despejando conteúdo na cabeça dos alunos, tratando-os como baldes mentais (teoria do balde mental de Popper), sem ter uma preocupação real se de fato a aprendizagem está sendo construída.

Como pode-se perceber, são muitos os requisitos que fazem a diferença entre o professor que sabe e o que sabe ensinar. Infelizmente, hoje criou-se a imagem de que qualquer um pode ensinar, basta se munir de um Bonjorno e a aula de física está garantida, o que vem banalizar muito o ensino de física nas escolas. Há pouco tempo (2 ou 3 meses atrás), a região do Vale dos Sinos abriu inscrições para contrato emergencial onde, devido à grande dificuldade de se encontrar professores de física, estavam requisitando até mesmo alunos de primeiro semestre, isso quando não são contratados profissionais de outras áreas como engenharia e biologia.

Reafirmando o que disse anteriormente, a formação de um educador não requer somente as aprendizagens cognitivas sobre os diversos campos do conhecimento, que sem dúvida é importante (porque deve-se saber para ensinar), mas também deve haver uma preparação filosófica, científica, técnica e até afetiva para o ofício de ensinar. Conhecer a história da ciência torna o ensino de física mais rico e fascinante, apresentando-a como uma ciência viva, como construção humana; conhecer um pouco mais sobre a história dos grandes cientistas ajuda a motivar os alunos para o aprendizado, aguçando o seu interesse e a sua curiosidade, mostrando-lhes que os conhecimentos não são definitivos e que ainda há muito o que se fazer e descobrir.

Os conhecimentos epistemológicos auxiliam o professor a detectar dificuldades e obstáculos que estejam impedindo a aprendizagem do aluno. As dificuldades são diferentes de obstáculo, enquanto a primeira é técnica (não saber usar alguma ferramenta matemática, por exemplo), a segunda por sua vez já se trata daquelas concepções que os alunos trazem (as chamadas concepções alternativas), que não lhes permitem apreender o significado correto de alguma teoria física. Neste sentido, conhecer os filósofos da ciência contemporâneos3 pode ajudar e inspirar o professor a encontrar estratégias didáticas que auxiliem o aluno a fazer a mudança conceitual, o que não se consegue apenas com aulas expositivas no quadro-negro e simples deduções de fórmulas.

E, apesar de tudo isso que tenho colocado, é importante salientar que um educador nunca estará definitivamente pronto, formado, pois a sua preparação e maturação se fará no dia-a-dia, na reflexão constante da sua prática.

ATIVIDADE

Em poucas linhas, digitado ou manuscrito, faça uma resenha crítica sobre o texto acima.